O MPM esta no Noisey: Leia entrevista de nosso parceiro de MPM para o site


O site Noisey  curtiu tanto a nossa matéria feita com a história do Rock de Campinas que entrevistou Thico Soares, nosso parceiro aqui do MPM, que falou sobre como foi fazer a matéria e um pouco sobre si mesmo. 

A matéria do Noisey com a entrevista pode ser lida  AQUI

Para quem ainda não leu esta super matéria do MPM escrita por Thico sobre a história do rock de campinas poder ler ela AQUI

Estamos muito orgulhosos por esta matéria, o objetivo do nosso site sempre foi fomentar a tentar de alguma forma ajudar o meio autoral e as cenas Underground. Mais uma Vez parabéns Thico pela matéria, que ela sirva de fonte de pesquisa para a galera de campinas. 

um trecho da entrevista pode ser conferido abaixo, para ler a matéria completa...entre no site do Noisey. 

NOISEY: Qual é o seu envolvimento com a cena de Campinas? 
Thico Soares: Bom, não sou nascido em Campinas, mas cresci aqui. Vim do ABC para Campinas em 1991 e fui ter um contato mais profundo com o rock 'n' roll por volta de 1996. Eu toquei bateria e guitarra em algumas bandas de rock nos anos 2000 na cidade de Montes Claros (MG). Conheci alguns nomes do rock campineiro através de fitas K7 e demo tapes de bandas locais que meu irmão mais velho trazia para casa. Meu envolvimento com a cena de Campinas até 2016 foi basicamente sendo público e fã das bandas. Sempre gostei das bandas daqui, mas somente neste ano pude tocar em uma banda campineira e colaborar. Desde janeiro eu toco bateria numa banda nova no pedaço chamada Bat Patrol. 

E como é o lance do seu irmão com as bandas de Campinas?
Meu irmão é mais velho do que eu. Comecei a escutar rock porque ele aparecia com LP's, CD's e também mixtapes com um monte de bandas, compilações caseiras muito populares nos anos 90. No meio disso, tinha muita coisa de banda nacional e algumas campineiras. Meu irmão ia em shows aqui Campinas, Paulínia, Vinhedo. No texto, por exemplo, cito a demo "Inferno" da banda Redrum. Uma das demos que mais escutei na minha vida, tocava alguns riffs no violão na época, sequer notava a diferença da qualidade da produção, porque eu ficava muito concentrado na música. Quem diria que, 20 anos depois, eu conheceria o baixista do Redrum e montaríamos uma banda, que é o Bat Patrol?

De onde surgiu a ideia para fazer essa enciclopédia?
Puro interesse pessoal. É uma curiosidade muito grande que eu sinto. Vivo perguntando sobre um monte de coisas pra amigos velhos de cena. Sou muito curioso mesmo. Para mim, faz todo sentido saber sobre a história da música e das artes da própria cidade em que se vive. 

Quanto tempo demorou para levantar o material?
Do início do processo até a conclusão, quando parei de incluir coisas, foram três ou quatro meses. Começou de forma bem arcaica e primitiva, eu fazendo perguntas a diversos amigos e anotando em papeizinhos, muitos os quais eu perdia (risos). Esses amigos me indicavam outras pessoas, que eu não conhecia pessoalmente. Mas eu chegava com a referência dos amigos e era bem recebido por muitos, nem tanto por outros, e o texto foi saindo. Não sei com quantas pessoas conversei pessoalmente, por telefone ou por e-mail. Escutei o máximo das bandas que eu citei, além dos discos das bandas que já conheço. Vi todos os docs, matérias em sites, blogs e zines que tive acesso.

Você fez tudo sozinho?
Sim, eu montei sozinho, escrevendo, incluindo e subtraindo muita coisa. Conta com três depoimentos ricos, de quem viveu e ainda vive essa história. Meu parceiro Thiago Veloso, criador do Música Prumundo e responsável pelo projeto White Lost Ghost em Montes Claros, sabia do trabalho, porque o texto sugere uma nova sessão do MPM, que contará a história rockeira de várias cidades. Temos grande interesse nas movimentações que acontecem fora dos grandes centros. Nisso, estudamos encontrar as pessoas certas para contar essas histórias lindas do rock 'n' roll em outras cidades. Pode-se dizer que antes de [o projeto] ser concluído, ninguém tinha ideia real do que eu estava fazendo, como tentar separar as coisas por décadas, mas, com uma visão de homogeneidade. 

Quais foram seus critérios para incluir bandas, lugares e eventos?
Não imaginei muitos critérios, não os formalizei, pelo menos. Imaginava relevância para o texto. Faltou muita coisa, se eu fizesse o texto durante um ano, se tivesse mais tempo... de qualquer forma, escrevi com olhos de admiração, juntando amigos e seus desafetos, sem amargor e com respeito.

Encontrou muitas tretas dentro da cena?
Não encontrei muitas rixas, porque eu não tive interesse em abordar isso. A minha ideia era fazer o contrário. Sempre tem uma história aqui e ali, mas como não tive interesse em abordar extremismos e tretas, o que eu tento transmitir é que, muita coisa são apenas mal-entendidos. Muita gente remou nesse barco, não só os mocinhos.

Como está sendo a reação das pessoas em Campinas?
Cara, eu nunca imaginei que pudesse causar tanta comoção nas pessoas. Reverem sua própria trajetória, terem seus nomes amarrados numa história de trabalho, produtividade. Tentei contemplar o máximo que pude dentro dos meus limites. Outra ideia da matéria visava homenagear essas pessoas, informar sobre o que está acontecendo atualmente e aumentar o coro de uma torcida que nos últimos anos pede por um documentário em vídeo que tenha carácter definitivo. Algo que vá mais a fundo nessa história tão rica e única, desenvolvida em Campinas e na Região Metropolitana. Afinal, o meu artigo não conta a metade do que acontece por aqui.

Thico Soares. Arquivo Pessoal.

0 comentários:

Postar um comentário