Ex-Fear Factory Raymond Herrera fala sobre o que achou dos últimos álbuns da banda
William Richards e
Sairaj Kamath do Metal Wani conduziram uma entrevista com
ex-baterista do FEAR FACTORY Raymond Herrera.
Quando perguntado se ele ouviu os dois álbuns do FEAR
FACTORY — “Mechanize" de 2010 e "The
Industrialist" de 2012 que foram gravados após sua saída da banda
e o que ele achava destes discos, Herrera disse: "Eu
achei o 'Mechanize' muito bom, na verdade. Eu achei que Gene [Hoglan]
fez um grande trabalho [tocando bateria no disco]. Ficou talvez muito ‘thrash’
pra mim, mas no geral, eu acho que, pelas entrevistas, soou com se eles
estivessem tentando recapturar o sentimento que tinha no 'Demanufacture' [1995].
Então eu acho que eles fizeram um bom trabalho nesse sentido. 'The
Industrialist' eu não gostei mesmo. Fiquei surpreso com o uso de bateria programada
[no álbum], porque eu na verdade pensei na gente fazendo isso quando fizemos o 'Archetype'
[2004], eu fiquei pensando se tentava gravar… ou se usava bateria programada ou
invés de ter que tocar, mas todas as vezes que fizemos isso, acabou saindo
muito, muito sem vida. Nossas demos sempre foram com bateria programada, mas
sempre soaram sem vida."
"Eu teria amado Gene naquele disco
['The Industrialist']; teria saído bem melhor … eu fiquei muito surpreso
que eles acabaram usando bateria programada, porque, como eu disse, nos ja
tentamos isso, tipo, 12 anos atrás e não tinha soado bem. Poderíamos ter
tentado outras alternativas, mas no fim do dia, não soava a mesma coisa, não é
a mesma coisa. Infelizmente. Eu gostaria que fosse. Porque teria sido bem mais
fácil para mim com anos ter que aprender todas as músicas que eu programei … quer
dizer, originalmente, a maioria das partes de bateria do FEAR FACTORY foram
programadas, então eu tinha que tocá-las ao vivo. Então teria sido muito mais
fácil pra mim apenas programá-las e não ter que aprender ela se tocar elas. Desta
forma, sim, eles cortam bastante do trabalho fazendo isso e eu acho que teve
muita repercussão com isso também.
"Usando bateria programada fica muito mais
fácil durante o processo de gravação, porque você não precisa montar a bateria,
coletar o som da bateria, preocupar com as compressões, todos seus microfones, você
não precisa preocupar em editar … nada dessas coisas. Então, economiza muito
tempo e muito dinheiro, mas não soa muito bem, infelizmente. Como eu disse, eu
tentei fazer isso há muito tempo, Então… assim que você começa a tocar as coisas
rápidas … se você toar devagar — como mais batidas 1-2 e coisas mais rock — você
até consegue fazer com uma bateria programada, porque não da pra perceber. Mas tocando
rápido, fica muito fácil de notar."
Perguntado se há possibilidade ele e o ex-baixista
da banda Christian Olde Wolbers se reunir com o FEAR FACTORY para
um novo álbum, Raymond disse: "Eu não vejo isso
acontecendo. Eu duvido. Eu acho que nunca acontecerá. Eu acho que já tem … como
eu posso dizer? Já rolou muita coisa de lá pra cá. Mas quem sabe? Acho que a
gente nunca pode dizer nunca certo?! Mas não há planos pra isso, isso é certeza."
Para ouvir a entrevista completa em inglês veja o vídeo abaixo:
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